O efeito STREISAND ocorre quando se tenta esconder ou censurar uma informação e isso se volta contra a pessoa, dando maior divulgação ao fato, especialmente com o alcance das redes sociais.

A origem é o caso da atriz Barbra Streisand, que processou um fotógrafo em 2003, acusando-o de violar sua propriedade, tirar fotos de sua mansão e postar nas redes. A foto era parte de uma sessão com 12 mil imagens aéreas documentando a Califórnia e havia sido acessada apenas seis vezes. Com a repercussão do processo, a imagem viralizou e aumentou para 420 mil acessos. Bárbra perdeu a ação e ainda pagou os custos do fotógrafo.

No Brasil a apresentadora Xuxa travou batalha judicial por anos para excluir material do filme onde contracenou com um garoto de 12 anos. Ela venceu a ação contra a produtora, que não pode mais veicular o filme, mas não obteve o DIREITO AO ESQUECIMENTO na ação contra o Google.

Relevante é o caso da atriz Carolina Dieckmann, vítima de hackers, com 36 imagens divulgadas com o objetivo de extorsão. As pessoas só ficaram sabendo porque o processo foi divulgado na mídia. Seus advogados conseguiram remover o conteúdo dos sites, levando à promulgação da Lei 12.737/2012, que criminaliza a invasão de eletrônicos para obtenção de dados pessoais.

Nas últimas semanas, o episódio da menina Alice, que participou da propaganda de um banco e virou meme faz prova desse efeito. Quanto mais a mãe repudia e tenta conter as montagens, mais visibilidade e audiência dá para o caso, através do IMPULSIONAMENTO DE REPÚDIO, aumentando a exposição da própria criança, que talvez já tivesse sido esquecida ou preservada, se não fosse a controvérsia criada.